No Setor de Saneamento os processos das estações de tratamento de água (ETAs) e das estações de tratamento de esgoto (ETEs) são complexos e o nível de qualidade exigido para os resultados finais é elevado.
Os processos do setor de saneamento demandam uma grande variedade de bombas utilizados na dosagem de fluidos químicos e na transferência com altas vazões de fluidos, com características físico-químicas específicas como alta densidade, viscosidade, abrasividade, etc…
Para que esses processos sejam eficientes e lucrativos é extremamente importante que as companhias de saneamento façam o correto dimensionamento do sistema de bombeamento e de controle de fluxo e utilizem equipamentos de alta qualidade e confiáveis.
Aplicações nas estações de tratamento
No caso das estações de tratamento de água (ETAs) as ações de bombeamento e controle do fluxo fazem parte de diversos processos desde a captação da água bruta em rios, mananciais ou reservas, filtração, purificação, até o envio para abastecimento das residências.
Normalmente a fonte de água (represa) fica localizada em um nível abaixo da estação de tratamento e do reservatório de distribuição. Esse reservatório fica em um nível mais alto pois a água será distribuida por gravidade até os consumidores.
Nos processos de coleta de esgoto e envio até as estações tratamento de efluentes (ETEs), as bombas são responsáveis por enviar os efluentes gerados nas residências até as estações para os processos de purificação. Em média 80% da água consumida em uma residência se transforma em esgoto. Por conta disso o esgoto é composto basicamente de água e uma parcela menor de sólidos.
Assim como no fornecimento de água pura, o transporte do esgoto até a estação de tratamento também ocorre, normalmente, por ação da gravidade. As redes de esgoto municipais podem também possuir as chamadas estações elevatórias que, como o nome indica, elevam o nível do esgoto facilitando o seu fluxo por gravidade; essas estações possuem também processos de pré-tratamento que realizam a remoção de parte dos sólidos.
Fatores a serem considerados na escolha das bombas
No caso das bombas alguns dos fatores a serem considerados são o rendimento hidráulico, materiais construtivos, tipo de pintura e, revestimento final e tipo de selos utilizados, características anti-entupimento, tipo de motores utilizados, tipo de lubrificação, etc… Outros fatores que também influenciam na escolha da bomba são a altura manométrica, vazão requerida, características dos fluidos a serem bombeados e características da tubulação.
Outra preocupação importante a ser levada em conta é do ponto de vista ambiental na avaliação dos riscos de extravasamentos, entupimentos ou bloqueios de equipamentos, contaminação do lençol freático, etc.
Conheça algumas das principais bombas, instrumentação e válvulas utilizados nos diversos processos das ETEs e ETAs
Bombas centrífugas ANSI
As bombas centrífugas ANSI (B73.1) são equipamentos de grande versatilidade e utilizadas para bombear produtos químicos agressivos e demais fluidos típicos de estações de tratamento, que requerem bombas robustas, dotadas de carcaças com sobre espessura para corrosão, bem como rotores semiabertos. No Setor de Saneamento as bombas centrífugas atendem muito bem as aplicações de transferência de lodos com diferentes teores de sólidos. Esse tipo de aplicação é típico das estações de tratamento de esgoto (ETEs) e de água (ETAs). Nas aplicações de água de reuso que precisa ser recalcada de cisternas ou lagoas de aeração pode-se empregar modelos de bombas centrífugas autoaspirantes, dispensando assim o uso de dispositivos de escorva.
Bombas pneumáticas de duplo diafragma
Os modelos de bombas pneumáticas de duplo diafragma de carcaça plástica são indicadas para uso nos processos de estações de tratamento de efluentes que utilizam fluidos tais como coagulantes, que não permitem a utilização de bombas com carcaças metálicas. Outra vantagem é que esse tipo de bomba possui modelos que oferecem grande vazão de transferência.
Bombas dosadoras
As bombas dosadoras são utilizadas na correta dosagem ou injeção de produtos químicos necessários as diferentes processos de tratamento de efluentes, ou de águas servidas a serem descartadas para local seguro. Alguns modelos de bombas dosadoras são dotadas de fluido intermediário e diafragmas com detetores de ruptura que permite também a injeção segura de produtos biocidas bem como de outros fluidos agressivos necessários ao tratamento de efluentes. Dentre os fluidos que podem ser dosados com esse tipo de equipamento podemos citar o leite de cal, cloreto ou sulfato férrico, flúor e hipoclorito de sódio.
As bombas dosadoras do tipo peristáltica possuem alta precisão (da ordem de 0,5%) e atendem aplicações de fluidos com sólidos em suspensão.
Os laboratórios das estações utilizam bombas dosadoras eletromagnéticas que podem ser acopladas a sistemas de controle de PH e ORP. As bombas podem ser comandadas por controladores externos através de sinal analógico de 4-20mA. Estão disponíveis também modelos de bombas dosadoras eletromagnéticas que possuem instrumentos de medição e controladores integrados formando um sistema completo que necessita apenas o acoplamento de sondas à bomba para que o controle se inicie automaticamente.
Bombas de vácuo
As bombas de vácuo são uma opção de menor custo em relação às bombas centrífugas para aplicações de transferência entre tanques. Em um dos tanques é feito vácuo e ao quebrar-se esse vácuo o efluente escoa por gravidade para o tanque de coleta, logo abaixo do primeiro. Também podem ser utilizadas no escorvamento de grandes bombas centrifugas.
Sopradores tipo “roots” com cabine acústica
Os sopradores são utilizados em lagoas de aeração para movimentar o ar através de tubos providos de membranas fornecendo o aumento do teor de nitrogênio e do oxigênio necessário aos micro-organismos responsáveis pela digestão de impurezas, tornando a água própria para descarte em mananciais urbanos. No caso de pequenas instalações de saneamento local, os sopradores podem ser empregados na transferência de esgoto das fossas sépticas para tanques estacionários ou montados sobre veículos (vacuum-trucks).
Válvulas de mangote
As válvulas de mangote tem diversas aplicações nos processos de tratamento de água e esgoto, principalmente no controle do fluxo de efluentes fluidos com razoável teor de sólidos como os que estão sempre presentes nos diferentes processos em estações de tratamento de esgoto (ETEs) e de água (ETAs). Algumas das vantagens da válvula de mangote é o seu fechamento total mesmo quando pedaços de materiais sólidos são apanhados pela válvula e a passagem total isenta de perda de carga (quando a aplicação assim exigir). O mangote é geralmente fabricado em borracha natural ou sintética porém para meios mais agressivos podem ser usados os mangotes em Hypalon ou Neoprene.
Acessórios
Nas linhas de transferências das estações de tratamento podem ser instalados diversos tipos de acessórios tais como amortecedores de pulsação, válvulas de alívio, estabilizadores de entrada e filtros reguladores que atuam na proteção e melhoria da eficiência do sistema de bombeamento. Saiba mais sobre acessórios para bombas de deslocamento positivo lendo este artigo.
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